mainieri's

segunda-feira, setembro 14, 2015

Porto Alegre, anos 80




 
banhado

pela franja nervosa

das luminárias



percorria os bares



a cidade explodia

             em sons

      vozes

modernidades



pelas mesas

bebia das teorias

deglutia acordes



e a noite intensa

               insana
 devolvia êxtases



era outro tempo


jamais os planetas

se alinharão 
                 em conjunção



novamente.



Ricardo Mainieri


A imagem que ilustra o poema é do famoso bar Ocidente, meca da contracultura porto-alegrense.

quinta-feira, setembro 10, 2015

Sol interior


quarta-feira, setembro 09, 2015

Névoa íntima

 


neblina matinal
escondem-se 
seres & coisas
à espera do sol.


Ricardo Mainieri

quarta-feira, setembro 02, 2015

Perdas & ganhos





nem sempre
o sol ressoa no horizonte

nem sempre
a chuva hidrata os corações

então

a vida coleciona perdas

algumas sem backup
de reposição

no entanto
a esperança paira acima

pássaro invisível
que resiste & insiste

e voa na amplidão.



Ricardo Mainieri