domingo, fevereiro 25, 2007
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
Das viagens do amor

Onde está o amor?
na Rua do Amparo
Olinda
entre frevos e a saudade
em Belorizonte
rodoviária
no coração da manhã.
Foi visto
transitando pelas luzes
de São Paulo
Rio de Janeiro
y otros meses
desvendando as águas
da Ilha de Santa Catarina
verão.
na Rua do Amparo
Olinda
entre frevos e a saudade
em Belorizonte
rodoviária
no coração da manhã.
Foi visto
transitando pelas luzes
de São Paulo
Rio de Janeiro
y otros meses
desvendando as águas
da Ilha de Santa Catarina
verão.
Perdido pelas esquinas
nos parques
o amor se resguarda
caracol
mas não oculta suas pegadas.
Ele hiberna em mim
e a chama de teu sorriso
viaja
pelas tardes precocemente escurecidas.
nos parques
o amor se resguarda
caracol
mas não oculta suas pegadas.
Ele hiberna em mim
e a chama de teu sorriso
viaja
pelas tardes precocemente escurecidas.
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foto gentilmente cedida pela amiga Rosângela Aliberti
segunda-feira, fevereiro 19, 2007
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
Ocaso dos séculos

Imagens e sons chegavam de todo Planeta.
A instantaneidade das transmissões via satélite se prestavam de maneira brilhante ao evento.O século XX estava em despedida.
Acontecia isso na Austrália, no Japão, com 24 horas de antecedência. Paulatinamente, o novo século surgia, timidamente, ao compasso do fuso-horário.
De início, gueixas e samurais, logo após aborígines, cenas de Tóquio e da ópera de Sydney cintilavam na tela.
E assim se passava a transição, moment by moment. O ocaso de 20 séculos de História Humana, a perspectiva esotérica de uma Era de Aquárius, o medo ancestral do fim do mundo..
Logo adiante cenas de uma gélida Europa com pessoas e nações em festa nos parques, entre as cidades medievais, mesclado a um encontro musical de marimbas em Trinidad e Tobago. Take por take, finalmente, chegou a meia-noite ao Brasil.
Em meio ao espocar de fogos, Júlio pensava nas imensas possibilidades que se abriam para ele e para este Planeta.
Místico como era, via nesta simples mudança de números, algo a mais do que uma encrenca para os analistas de sistemas. Piamente, acreditava que a Era de Aquárius se iniciaria e com ela a fase de expiação e provas deste Mundo se daria por encerrada.
Para comemorar abriu um espumante. Solitariamente, brindou á Lua e às Estrelas. Tão empolgado estava que encarou uma segunda garrafa e adormeceu com a televisão ainda sintonizada.
Acordou-se e já se ia ao largo o dia. Na boca, o velho sabor de ressaca e colado ao vidro de sua porta um bilhete reclamando do barulho do televisor.
Era de Aquárius, pensou, e deixou marcado no espelho, um sorriso sem graça...
Ricardo Mainieri