mainieri's

sexta-feira, novembro 27, 2009

Consumo, logo existo






Meus olhos passeiam
pelas prateleiras
do supermercado.

Nenhuma paisagem
acessível ou nova.

Desfilam produtos
meros substitutos
de uma carência que só cresce.

Confortavelmente
em meio a efeitos & luzes.
o consumo é protagonista.

O acidente de trabalho
o salário aviltado
o desgaste da natureza
ficaram fora de foco.

Na mente
como um mantra
a música natalina reprisa
esperança amor & paz...


Ricardo Mainieri

4 Comentários:

  • Há que não esquecer o que é comumente esquecido. Caro Ricardo, a força desse poema revela o ser humano atento, em paz embora a balançar; o mantra é o caminho do meio, ou certamente o meio.
    Parabéns

    Por Blogger Tere Tavares, Às 2:55 PM  

  • Curiosamente,
    também tenho refletido
    sobre o brilho das vitrines...

    Vai acabar
    virando poema! : )

    Beijo,
    doce de lira

    Por Blogger Renata de Aragão Lopes, Às 8:50 PM  

  • tu, a nina, eu - na tribo, uma tribo!

    obrigada pela tua ida ao tanto mar... eu pulo de lá pro bordéu todo dia - mas volto... risos

    besos

    Por Blogger líria porto, Às 9:52 AM  

  • sinhá líria, fala direito...

    faltou a nana depois da nina...rsrs

    o quatrilho!

    Por Blogger Mariana Botelho, Às 10:34 AM  

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