Com licença, João Cabral
é chuva miúda
sob o signo árido do estio
percorre caminhos como rio
não aceita
a contenção das barragens
veste-se de versos
lágrima ou cusparada
diz verdades ou se cala
enigmática
fala do amor ou do avesso
do inverso e do universo
entra e não bate na porta
escancara todos os sentimentos
sem pedir licença
Ricardo Mainieri
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sobre poema "À Carlos Drummond
de Andrade" , de João Cabral Melo Neto
de Andrade" , de João Cabral Melo Neto
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