Cochichando
Em suas mãos (bem escondidos) permanecem cativos os fios do tempo (em que sonhávamos). Eles não se rompem (nem se romperão) e se confundem com as linhas de vida da sua palma. A distância entre seus dedos é igual a nossa (pequena e grande) e eles (por hora) não fazem o V da vitória. Estão sem a alegria de outrora. O amor nos deixou frágeis (sempre deixa), sem a coragem de sermos o que fomos até ainda pouco (nós nos achávamos uma fortaleza).
Em suas mãos (bem escondidos) os fios farão uma ramagem que você sentirá quando eu (volta e meia) aparecer em suas lembranças (não vou deixar você me esquecer). O amor desconhece o prefixo ex, (quando verdadeiro, ainda que passageiro). O nosso é.
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3 Comentários:
Adorei... como também adorei sua entrevista com o Selmo. E nosso retrato lá . Você é ótimo! Beijos mil..rosa
( Ricardo, o endereço para clicar não está levando ao site, nem ao blog.. dá uma olhadinha ..outro beijo)
Por rosa pena, Às 4:15 PM
Cochicho:
que delícia de palavra!
Seguirei sua dica!
Um abraço,
doce de lira
Por Renata de Aragão Lopes, Às 12:48 AM
Ricardo num estilo um tanto diverso, mas com a mesma riqueza.
Adorável prosa poética.
Por Tere Tavares, Às 12:58 PM
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